O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), e o deputado federal Simplício Araujo (PPS-MA) visitaram, nesta sexta-feira (23), a obra de transposição do rio São Francisco em Mauriti, no Ceará. Os parlamentares acompanharam a comitiva formada pelos partidos da oposição (PPS. PSDB e DEM) para checar paralisações no empreendimento. Bueno afirmou que o descaso observado com o projeto apenas confirma a incompetência gerencial do governo petista.
Ele lembrou que a transposição do rio São Francisco é uma obra de extrema importância econômica e social para o povo nordestino e criticou o andamento das construções do canal que já sofre com atrasos de pelo menos oito anos. Segundo o parlamentar, o governo federal fez muitas promessas, mas até o momento não conseguiu cumpri-las.
“Nós estamos aqui cumprindo com o nosso dever como oposição em fiscalizar. Queremos mandar uma mensagem para o governo federal para que inaugure a obra que deveria ter saído há três anos atrás. Infelizmente o que vemos aqui, mais uma vez, é a incompetência do governo petista sendo paga pelo povo brasileiro”, afirmou.
O líder do partido ressaltou que a obra da transposição, além de atrasada, já consumiu quase o dobro daquilo que havia sido divulgado inicialmente. De acordo com Bueno, o custo inicial era de quatro bilhões e seiscentos milhões de reais, valor hoje que já alcança a cifra de oito bilhões de reais. “Cadê a boa aplicação do dinheiro público? Com essa diferença poderíamos construir cerca de 70 mil casas, comprar 44 mil ambulâncias, 23 mil postos de saúde ou sete mil hospitais. Veja como é o tamanho do desperdício. Eles estão simplesmente jogando o nosso dinheiro pela janela”, disse.
Deputado nordestino, Simplício Araújo afirmou que a obra, até o momento, trouxe apenas expectativas para os moradores do sertão brasileiro. O parlamentar destacou que a visita dos congressistas ao local não pode ser compreendida como um protesto contrário a transposição, mas sim uma forma de pressionar pela sua conclusão. Para ele, o empreendimento é importante, pois beneficiará e trará conforto para diversas comunidades.
“Nós não encontramos uma obra e sim uma grande cicatriz no meio do sertão. Ela atrapalha e dificulta a vida destas pessoas. A obra destruiu a rotina desta população. Bilhões e bilhões de reais escorrendo pelos ralos. Não somo contra a transposição e sim a favor de um beneficio tão importante para todas essas pessoas”, defendeu.
Pernambucano, o líder tucano, Bruno Araújo, ressaltou que em seu estado o quadro é igualmente desolador. “Já foi mostrado em jornais nacionais as placas se soltando, o desamparo da população e comerciantes quebrados no trecho próximo a Floresta (PE). O que vimos aqui hoje é prenúncio de que vai ocorrer o mesmo no Cariri: ou seja, uma obra mal feita, abandonada e que precisará ser refeita. Isso explica o salto de mais de 80% do preço inicial e a prorrogação da sua conclusão para uma data que acho mais uma vez enganosa”, disse.
Por: Roberto Emerich
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