A Folha de São Paulo publicou, no primeiro dia de 2014, uma reportagem intitulada “Gasto de turista brasileiro sobe 10 vezes em 10 anos”, que mostra a queda do faturamento no turismo local e o aumento na procura de roteiros turísticos em outros países. A matéria traz à tona, mais uma vez, a ineficiência e falta de compromisso de Flávio Dino (PC do B) à frente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), entidade ligada ao Ministério do Turismo. Segundo levantamento do Banco Central, o ano de 2013 encerrou com um “rombo recorde” de R$ 18, 6 bilhões nos gastos de brasileiros no exterior e os de estrangeiros no Brasil.
Em vários pronunciamentos, o deputado federal Francisco Escórcio (PMDB-MA) já alertava aos poderes Executivo, Legislativo e até ao Judiciário, e toda sociedade sobre as práticas ilegais de Dino, que ao invés buscar mecanismos e alternativas para alavancar o turismo no Brasil, desde que assumiu a presidência da Embratur (em junho de 2011), tem passado mais tempo fazendo política no Maranhão, do que cumprindo seu papel à frente do órgão. Chiquinho, inclusive, chegou várias vezes a cobrar publicamente, mais ações da Embratur, órgão que exerce fundamental importância no impulso da economia nacional, principalmente neste período que antecede à Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos.
“Há dois grandes eventos cuja organização depende diretamente da pasta, cuja organização se encontra em curso: Olimpíadas e Copa do Mundo. Os eventos de grande monta cuja rentabilidade e fomento à economia são de essencial relevância para o crescimento do país, encontram-se à mercê do trabalho ora desidioso do denunciado. É inadmissível por em risco a relevantíssima ação econômica da Copa do Mundo e das Olimpíadas para manter um funcionário desidioso na chefia de instituto essencial à tarefa”, falou.
Naquela época, Escórcio já denunciava: “Ele sai daqui na quarta, na quinta, na sexta, no sábado e abandona a Embratur. É preciso que o Palácio do Planalto saiba disso. Ou o Brasil todo não sabe que a Embratur está entregue às baratas? Este é o Chiquinho, tem que dizer, colocar a boca no trombone. O Brasil está carente de um administrador para a Embratur. É maranhense? É. Está errado? Está. Pega pau”. O discurso foi proferido no mesmo dia (14 de maio de 2013) em que uma reportagem do Bom Dia Brasil, da Rede Globo, apontava o mau desempenho do Brasil na área do Turismo, o que pode ser atribuído à baixa divulgação do país no exterior.
Dados e rombo - Somente no ano que precedeu a maior competição de futebol mundial, os gastos de turistas brasileiros em outros países chegou à R$ 23,13 bilhões, quantia quatro vezes maior do que o arrecadado com os turistas estrangeiros dentro do Brasil, que chegou a pouco mais de R$ 6 bilhões.
Na reportagem, o economista da PUC-Rio José Márcio Camargo observa que o aumento das viagens internacionais na última década refletiu, além da valorização do real e da alta dos salários, a inflação alta do país. “Ficou relativamente mais barato consumir lá fora”, diz, ainda segundo a Folha de S. Paulo.
Com a vantagem, passou a 1,791 milhão em 2012 o número de brasileiros que foi fazer compras nos EUA, segundo o Ministério do Turismo. Eram 349 mil em 2003.
O crescente déficit entre gastos de turistas estrangeiros aqui e brasileiros lá fora é um dos fatores que explicam o aumento do saldo negativo nas contas externas brasileiras, que deve fechar o ano com déficit recorde de US$ 79 bilhões.
Na mesma publicação, o presidente da Embratur ataca o Governo, quando afirma que “o principal centro turístico do país, o Rio, era mundialmente famoso pela violência”. Em outras palavras, o comunista quis dizer que não acredita no sucesso da maior competição de futebol do mundo no Brasil, por conta do cenário violento da principal sede da Copa de 2014.
E ainda faz mais uma acusação: o mais comum no mundo é o turismo de fronteira, mas o Brasil é pouco integrado aos seus vizinhos. Há poucas ofertas de voos e não há ligações por ferrovias.
Como pode Flávio Dino, que é um dos principais responsáveis por tentar diminuir essa deficiência nas contas do turismo, por meio da implantação de projetos, parcerias e planos de ação de divulgação do país lá fora e da articulação junto aos setores para impulsionar a vinda de estrangeiros ao Brasil, ter este tipo de posicionamento?
A resposta é clara e óbvia: ele fala porque durante o período em que está à frente da Entidade, passa mais tempo no Maranhão, cuidando de sua campanha eleitoral, do que colaborando, de fato, com o Governo Federal. Os brasileiros não podiam esperar outro resultado, a não ser esse: com a Copa batendo às nossas portas, o Governo não conseguiu desenvolver uma política de apoio e incentivo ao turismo que possa trazer muito mais divisas para nossos estados e levar o nome do Brasil a todo o mundo. E já iniciamos 2014 carregando esse saldo negativo nas costas.
E o que é pior. A única saída encontrada pela presidente Dilma, como manobra para aumentar o fluxo de turistas via Embratur, foi tentar boicotar os gastos de brasileiros no exterior, aumentando o imposto sobre cheques de viagem, cartões pré-pagos e saques no exterior com cartões de débito.
Alertas - O deputado ainda falou aos seus pares que havia cerca de dois meses, o Presidente da Embratur não dava expediente na Esplanada dos Ministérios. “Ele não está trabalhando a favor da EMBRATUR, ele está exatamente no Maranhão, há quase 2 meses, fazendo política. Largou tudo. Perguntei se ele estava de férias, se tinha tirado alguma licença... Largou a EMBRATUR, com a Copa do Mundo se aproximando.
"A situação de caos que encontra-se a Embratur é o resultado da pífia atuação de um gazeteiro frente a tão importante autarquia'. afirmou o deputado Chiquinho.
Fonte: O Estado do Maranhão
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