Mercadante empossa novo reitor do IFMA e parlamentares cobram apoio para implantação de novos institutos prometidos pelo MEC

Uma gestão fundamentada em três conceitos básicos: dignidade, consenso e integridade. É dessa forma que o novo reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA), Francisco Roberto Brandão Ferreira, pretende administrar a instituição nos próximos quatro anos.

 

Brandão foi empossado na última terça-feira (11) pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em solenidade realizada no auditório do MEC, que contou com a participação de parlamentares e vários convidados.

“A gestão que exerceremos está fundamentada em em três conceitos básicos: dignidade, consenso e integridade, indissoluvelmente interligados por um princípio maior, a ética, num sentido amplo como denominador comum desses três conceitos”, afirmou Roberto Brandão em seu discurso.

A dignidade, segundo explicou, é porque “é inconcebível que o IFMA passe a fornecer exemplos de improbidade administrativa. Manteremos assim a Instituição Pública como sinônimo e respeito à coisa pública”.

 

O consenso, na opinião do reitor, se justifica pelo fato de que a administração de uma instituição multicampi, como o IFMA, “não pode estar centralizada nas mãos de uma só pessoa, mas resultar do conjunto e do consenso coletivo, de que devem ser permanentemente intérpretes os Conselhos e os Colegiados, assim como o reitor, os pró-reitores, os diretores e os gestores como um todo”.

Quanto a integridade, Brandão afirma que “tem sentido de união consensual e ética de todos os campi, de todos os docentes, técnicos-administrativos e discentes em torno de um só ideal: um instituto Instituto Federal integrado e íntegro em que as divergências de opiniões e os debates sejam instrumento para atingir as melhores decisões”.

 

Pelo sua vivência no meio acadêmico, desde os anos 70, Roberto Brandão afirma que está preparado para esse novo desafio, e a desenvolver à frente do IFMA, o seu estilo de administrar, de forma que todos os pontos de presença no estado passem a falar a mesma linguagem, com as mesmas prerrogativas e disponibilidade de recursos humanos e orçamentários. “Assim a Instituição será coesa e harmônica em suas ações em prol do desenvolvimento do Maranhão e do Brasil” - acrescentou.

 

Repercussão e cobranças

 

O deputado federal Professor Sétimo Waquim (PMDB/MA), membro da Comissão de Educação e Cultura (CEC) da Câmara, lembrou um pouco a trajetória do novo reitor. “A eleição do professor Roberto Brandão, e consequentemente a sua posse, tem uma relação muito grande com o trabalho que ele executou, nesses anos todos, na Instituição, ao lado do professor Costa, que foi um dos reitores que teve mais reconhecimento no meio acadêmico. O professor Brandão integrou essa equipe, como planejador. E nesse período, foi um grande gestor da educação, ciência e tecnologia. E merecedor do título de reitor”.

 

Professor Sétimo também aproveitou para fazer um apelo ao novo reitor do IFMA. “Espero que o novo reitor nos ajude a solicitar ao ministro Mercadante para preencher essa lacuna no Maranhão daquelas regiões em que ainda não foi implantado um Instituto Federal (IF) para que possamos profissionalizar a nossa juventude, e essa qualificação profissional valorize o mercado de trabalho”.

 

Quem é Roberto Brandão

 

O novo reitor do IFMA integrou, na década de 70, o movimento secundarista e participou do momento político da luta pela meia-passagem em São Luís. Nos anos 80, ingressou na UFMA, como aluno do curso de Geografia, e foi eleito presidente do Diretório Acadêmico do curso, em meio à crise política da Nova República. Promoveu uma gestão participativa, em sintonia com o Diretório Central dos Estudantes e militava harmonicamente com o movimento político integrado principalmente pelos partidos “PC do B” e “PT”. Na UFMA dedicou-se também ao curso de Ciências Contábeis.

 

Graduou-se em Geografia, em 1987, e no inicio de 88, ingressou nos quadros da UEMA como professor de Cartografia, no campus de Imperatriz. Dois anos depois, passaria a integrar a UNED do então CEFET, também em Imperatriz na 1ª expansão da Rede Federal de Educação Tecnológica, ficando então como professor das duas Instituições até no ano de 1994 quando assumiu a Diretoria de Administração do CEFET-Imperatriz.

 

Em 1997 é removido para o CEFET em São Luís onde assumiu o magistério por dois anos. Logo após iniciou-se uma nova proposta na vida acadêmica de Brandão com o afastamento para cursar Mestrado e Doutorado na UNESP em Rio Claro (SP). Retornou em 2004 e foi convidado para assumir a Diretoria de Planejamento do então CEFET-MA cargo que ocupou até a transformação em IFMA em 2008 cuja função é continuada com a denominação de Pró-reitoria de Planejamento e Administração, cargo esse que lhe proporcionou a se eleger Coordenador Nacional do FORPLAN (Fórum de Planejamento e Administração do CONIF) por dois mandatos seguidos (2008-2012) promovendo assim a interlocução com o Governo Federal.

Por Gil Maranhão
Edição de Genésio Jr e Henrique Machado