Membros da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Estado do Maranhão (FETAEMA) e dos sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTRs) estiveram reunidos em São Luís, na última quarta-feira, dia 26 com o deputado federal Francisco Escórcio para solicitar o apoio e o empenho do parlamentar na busca por um entendimento sobre a situação que se encontram vários agricultores que têm suas propriedades dentro da Reserva indígena AWÁ-GUAJÁ, localizada no norte do Maranhão, nos municípios de Zé Doca e São João do Caru.
O grupo procurou o deputado para tentar negociar esse processo junto aos órgãos competentes, já que ele faz parte da bancada dos dois governos. Chiquinho se mostrou sensível à causa, e para ele “os governos e esses moradores precisam ter um feeling de negociação grande, já que envolve 6 mil famílias, patrimônio e outras questões mais”, destacou.
"É uma situação que nos causa preocupação, uma vez que estamos lidando com vidas e famílias inteiras que residem nesta área da Reserva AWA GUAJÁ e que por anos e anos vivem lá e tiram seu sustento. Sabemos dos direitos dos índios dessa tribo, mas é preciso que haja um entendimento, na busca por uma solução pacífica para esta causa. Essas pessoas precisam também ter suas integridades e seus direitos preservados. Vamos acompanhar e cobrar dos órgãos responsáveis que façam prevalecer o bom senso na resolução da situação”, disse.
Na oportunidade, Chiquinho ouviu do grupo, um relato da realidade em que estão vivendo essas famílias e a questão do reassentamento dos trabalhadores do campo. Para Escórcio, a culpa de toda essa problemática se deu pela omissão de gestores passados, que não deram respostas à justiça, a respeito da matéria.
Segundo o deputado, até agora nem o próprio Incra definiu uma área para transferir essas pessoas, que, conforme o Governo Federal serão usadas terras da reforma agrária para assentar os trabalhadores rurais. A reserva awa-guajá tem 116 mil hectares.
O vice-líder do PMDB se comprometeu em buscar uma solução junto aos setores estaduais e federais, e inclusive deve contactar diretamente com a Presidência da República. Para ele, já que este é um assunto de caráter nacional, o Governo Estadual precisa do respaldo do Governo Federal para que não ocorra alguma tragédia. A intenção é negociar com o Juiz José Carlos do Vale Madeira, da 5ª vara da Justiça Federal no Maranhão para prorrogar o prazo por 1 ano, tempo necessário para que o Incra possa apresentar um planejamento e um cronograma concreto de reassentamento.
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