quinta-feira, 25 de abril de 2013

Ministro da Agricultura confirma que assinará Portaria Ministerial de Zona Livre da Febre Aftosa no Maranhão


Está prevista para o dia 20 de maio a vinda do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Antônio Andrade ao Maranhão, onde ele irá assinar a portaria ministerial de Reconhecimento Nacional do estado como Zona Livre de Febre Aftosa com Vacinação.

Antônio Andrade atendeu ao convite da governadora Roseana Sarney e confirmou sua vinda ao estado durante reunião com o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Sagrima), Cláudio Azevedo, o senador João Alberto e os deputados federais Sarney Filho, Francisco Escórcio e Alberto Filho, e o diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged), Fernando Lima, ocorrida na terça-feira (23), em seu gabinete em Brasília (DF).
Além do Maranhão, a nova classificação vai valer também para os estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Pará, que juntos possuem um rebanho de aproximadamente 22 milhões de animais.

O ministro Antônio Andrade informou que a certificação dos estados está dependendo apenas dos resultados finais da sorologia que está sendo realizada no Rio Grande do Norte para constatação da inexistência da circulação do vírus da aftosa.

Durante a reunião, que também contou com a presença do secretário de Defesa Agropecuária, Ênio Marques, e o diretor do Departamento de Saúde Animal, Guilherme Marques, o ministro Antônio Andrade parabenizou o trabalho realizado pelo governo do Maranhão e disse que as ações desenvolvidas foram muito eficientes.

O Maranhão, que teve o maior número de amostras de sangue coletadas entre todos os oito estados – cerca de 12.000 animais em 400 propriedades -, foi o primeiro a concluir o inquérito soroepidemiológico, sem a necessidade do uso de animais sentinela.

Em dezembro do ano passado, o Mapa divulgou que o laboratóriocredenciado emitiu o resultado de que as análises das amostras comprovaram que não havia circulação do vírus da febre aftosa no rebanho maranhense, o que é considerado a última etapa para a certificação de zona livre da doença.

O secretário Cláudio Azevedo ressaltou que este é um sonho de mais de 20 anos de todos os criadores maranhenses. “Vamos aguardar a classificação nacional e a previsão é de que em meados do mês de maio de 2014 o Maranhão seja certificado internacionalmente pela Organização Internacional de Episotias”, explicou ele, acrescentando que o Mapa vai entregar o pleito em setembro deste ano para a Comissão Técnica da OIE, responsável pela avaliação que acontecerá no período de setembro a fevereiro de 2014.

Dos oito estados que compõem o Projeto de Ampliação da Zona Livre de Febre Aftosa, desenvolvido pelo Mapa em parceria com as federações que pleiteiam o novo status sanitário, o rebanho do Maranhão e do Pará representam cerca de 50% de todo o rebanho da região. O Maranhão possui o segundo maior rebanho bovino do Nordeste.

Classificado desde 2004 como Zona de Médio Risco de Aftosa, o estado possui cerca de 7,5 milhões de bovinos e bubalinos, com predominância de gado de corte, e desde 2001 não foi registrado nenhum foco de febre aftosa.

Além da inexistência da circulação do vírus, para classificar um estado como zona livre de febre aftosa o Mapa avalia diversos critérios, como o serviço de vigilância sanitária, realizada no Maranhão pela Agência de Defesa Agropecuária (Aged), órgão vinculado à Sagrima.

No caso do Maranhão, o estado foi o melhor avaliado durante auditoria do Mapa, que divulgou a nota de 89% dos itens avaliados, conseguindo manter a avaliação positiva durante a segunda auditoria realizada nos estados concorrentes a zona livre.

A reestruturação dos escritórios da Aged, em parceria com o Mapa, o recorde de cobertura vacinal de 97% do rebanho maranhense e a aprovação da governadora Roseana Sarney ao Plano de Cargos Carreiras e Salários dos fiscais agropecuários da Aged também foram avaliados positivamente pelo Mapa para que o Maranhão atinja o novo status sanitário.

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