quinta-feira, 11 de abril de 2013

Ministro do Esporte: Executivo não pode e não deve intervir na CBF



Durante audiência pública da Comissão de Turismo e Desporto, o deputado Francisco Escórcio (PMDB-MA) cobrou do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, uma atitude com relação à crise desencadeada dentro da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) com as denúncias contra seu presidente, José Maria Marin. Um abaixo assinado já foi entregue à CBF pedindo a saída do dirigente.

Aldo Rebelo afirmou que como ministro não tem qualquer poder de interferência nessa situação, mas que o Congresso pode tomar uma atitude com relação à situação na CBF. "Não estou propondo que o Congresso promova intervenção. O que estou falando é que o Congresso pode fiscalizar, pode investigar, o que não é da alçada do Poder Executivo."
O ministro ressaltou que a Lei Pelé (9615/98) tirou a capacidade de mediação do Executivo. "Toda a capacidade de interferência do governo foi retirada."

Aldo se queixou de que o Executivo hoje tem muito pouco poder de interferência nas decisões relativas ao esporte, o que, algumas vezes, deixa o interesse público desprotegido. Aldo citou como exemplo o caso da seleção brasileira de futebol, totalmente comandada pela CBF, que joga com as cores nacionais, em nome do País e na qual a população vê a representação do País.

Na opinião do ministro, o governo não deve ter o poder de indicar presidente de entidade de esporte, de federação, de confederação, mas o governo deve ter maior poder para preservar o interesse nacional e o interesse público no esporte. “O esporte é prática de interesse público e de interesse nacional e o governo responde inclusive por grande parte do financiamento dessa atividade."

Por Liliane Borba 


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