segunda-feira, 19 de março de 2012

BR-135: é preciso urgência para evitar novas mortes


Muito tem se falado nas últimas semanas sobre a urgência em iniciar as obras de duplicação da BR-135. As cobranças fervorosas de diferentes setores da sociedade concentram-se na recente suspensão do contrato licitatório, gerido pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Porém, avalio que os últimos levantamentos divulgados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) representem por si só a urgência de medidas enérgicas para resolver a situação calamitosa que se instalou na BR. O número de óbitos nesta “rodovia da morte” beira o assustador e precisa ser combatido o quanto antes.

O levantamento da PRF mostra que em janeiro do ano passado foram registradas 19 mortes no local. No mesmo período deste ano, o número já passa de 21 óbitos. Além disso, somente nos últimos 10 dias ocorreram três mortes. No somatório, percebe-se, ainda segundo as informações da PRF, que houve um aumento de aproximadamente 15% no número de acidentes na rodovia.

Com o ritmo acelerado de tragédias, a previsão – caso as autoridades assistam tudo de braços cruzados – é que este ano haja um número recorde de acidentes, superando as estatísticas de 2010, quando 72 pessoas morreram na rodovia. É por isso que avalio ser urgente haver um movimento organizado da sociedade civil e suprapartidário das forças políticas para reverter esses números.

Também julgo importante as preocupações com o edital de licitação e pertinentes na problemática para o início das obras. O Tribunal de Contas da União (TCU) detectou indícios de irregularidades no projeto, orçado em R$ 269 milhões. Pelas recomendações da Justiça, deverá haver uma economia de R$ 40 milhões aos cofres públicos após as adequações. Mas o principal fator de preocupações é que a obra segue sem qualquer previsão de início.

Esperar pela duplicação da BR-135 sem que se encontre nenhuma outra solução intermediária é a mesma coisa de esperar por mais corpos no cemitério. Portanto, é inaceitável que importantes autoridades do nosso estado não sejam cobradas por essa importante obra. Prefiro acreditar que o assunto será resolvido por diferentes vias, ao aguardar o interesse e espírito proativo de peças importantes nesse processo político.

Deputado Federal Carlos Brandão (PSDB-MA)

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