Na abertura do Seminário Internacional sobre a Operação Condor, ocorrido esta semana no Auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados, e que contou com a participação de representantes da Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai, o deputado federal Domingos Dutra (PT/MA), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias" reclamou da ausência de membros da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados no evento.
Dutra justificou a ausência do presidente da Casa e se indignou com a falta de um representante da Mesa, afirmando que em conversa no dia anterior com o deputado Marco Maia (PT/RS) já havia uma sinalização da ausência do mesmo por conta de outra agenda marcada para o mesmo horário. "Ficou então o pedido para que fosse indicado um representante, usei a Tribuna da Câmara para convidar a todos, me dirigi a Primeira-Vice-Presidente Rose de Freitas (PMDB/ES) e lamentavelmente a Mesa não se fez presente nesse evento tão importante para o Congresso Nacional. O presidente da Casa e os outros membros da Mesa tem que entender que o parlamento não se restringe a aprovar leis e só nos resta lamentar essa indiferença" ressalta Dutra.
Durante dois dias o Seminário Internacional Operação Condor reuniu na Câmara, jornalistas, escritores, professores e juizes de seis países - Brasil, Argentina, Paraguai, Chile, Uruguai e dos Estados Unidos - para discutir a operação feita por esses países nos anos 70 para reprimir a atuação de ativistas de esquerda, que combatiam a ditadura militar.O seminário, promovido pela Comissão Parlamentar Memória, Verdade e Justiça, ligada à Comissão de Direitos Humanos da Câmara, terminou com a aprovação de um documento intitulado Carta à Brasília, que repudiou a retirada de Fernando Lugo da presidência do Paraguai. O documento também pede o julgamento e a punição dos torturadores que atuaram na Operação Condor.
Por Henrique Machado
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