Durante reunião deliberativa na Comissão de Direitos Humanos e Minoria nessa terça-feira (04), o deputado federal Simplício Araújo (PPS/MA) cobrou apuração rigorosa do governo federal na morte do índio terena Oziel Gabriel, ocorrido em Sidrolândia (MS) durante ação de reintegração de posse da fazenda Buriti.
“É fundamental que se saiba de onde partiu o tiro para que as responsabilidades sejam apuradas. Não podemos concordar com a forma que essa reintegração foi tratada. A utilização de armas de fogo pode gerar uma carnificina. É necessário que se faça um acompanhamento de todos os conflitos existentes no país para que a situação ocorrida no Mato Grosso do Sul não se repita”, apontou Simplício.
O parlamentar enviou requerimento ao Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, solicitando informações sobre as providências que estão sendo tomadas em relação ao conflito e andamento do processo que investiga a morte do índio Oziel Gabriel, além de requerer informações de como se encontra o processo de demarcação em Sidrolândia, que está em andamento desde 2001.
O conflito na região começou no dia 15 de maio, quando a fazenda Buriti foi ocupada pelos terena. De acordo com a Funai, são pelo menos seis as propriedades invadidas até o momento, sendo as outras: Lindoia, Cambará, Santa Clara, São Sebastião e Água Clara. Os terenas reivindicam uma área cujo processo de demarcação se arrasta há 13 anos. Os índios que ocupam as fazendas dizem que continuam nos locais, mesmo com a ordem judicial.
Tensão recomeça - Nesta quarta-feira (5) a Força Nacional chegou a cidade de Sidrolândia. O grupo foi convocado para acompanhar a desocupação da fazenda Buriti, conforme determinação da Justiça Federal. No total, 110 integrantes da Força Nacional vão auxiliar na desocupação, que deve ser feita pela Fundação Nacional do Índio (Funai). Caso o órgão não cumpra a ordem, está prevista multa diária de R$ 1 milhão por dia. O Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo já se encontra na região para acompanhar a desocupação.
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